Por Erilza Faria Ribeiro
Psicóloga – CRP 05/46629

Foto ilustrativa - Internet

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Recentemente estive no CIEP 275, em Itaocara, conversando com os alunos do 8º ano sobre o Bullying. Esse tema foi escolhido por eles para ser trabalhado e discutido em oficinas na escola. O bullying pode acontecer em diversos lugares, mas é no espaço escolar onde vemos com mais frequência sua ocorrência. Na última sexta-feira (20/10/2017), em uma escola de Goiânia, um estudante do 8º ano levou para a sala de aula a arma de sua mãe que é policial militar e disparou tiros contra seus colegas, matando dois e ferindo quatro. Tudo isso motivado pela humilhação que sofria diariamente na escola com o bullying de seus colegas. Foi uma ação violenta e radical, mas essa é uma das possíveis consequências do bullying. Vimos o pai de um dos alunos da turma dizer que perdoa o aluno que efetuou os tiros, compreendendo o quanto ele sofria para chegar a tomar uma atitude dessas. Precisamos falar desse assunto em todos os lugares para que não se repitam histórias como essa e por isso trago aqui alguns esclarecimentos a respeito.

O bullying acontece quando ocorrem agressões intencionais, de forma verbal ou física, de maneira repetitiva de uma ou mais pessoas contra um único colega ou um grupo. Geralmente quem pratica esse ato se diverte e acha engraçado o sofrimento do outro, mas é preciso deixar muito claro: O BULLYING NÃO TEM GRAÇA!

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. Normalmente, os menores, mais novos ou mais vulneráveis são as vítimas dos agressores. Eles escolhem aqueles que consideram diferentes, que não usam roupas da moda, que vêm de uma minoria étnica, social ou racial. Por exemplo: as mais atrapalhadas, com tipos físicos diferentes, que têm as melhores notas ou que sejam tímidas.

É sempre fruto da falta de respeito com as diferenças do outro. Pode acontecer tanto pessoalmente na escola e na rua quanto através das redes sociais na internet. Algumas formas como o bullying acontece são: forçar a vítima ao isolamento social; espalhar comentários falsos ou constrangedores; intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima; fazer comentários depreciativos sobre a família, o local de moradia, aparência pessoal, nível de renda ou qualquer outro fator; fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas; criar apelidos depreciativos; etc.

Pode gerar como consequências atitudes como a do garoto de Goiânia que citei acima, que se revoltou contra seus colegas de sala ou outras ações como suicídio, autoagressão, queda no rendimento escolar, isolamento social; além de efeitos psicológicos como irritabilidade, depressão e distúrbios alimentares ou no sono, etc.

A pessoa que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Se você é vítima de bullying ou já testemunhou alguma situação do tipo, existem muitas coisas que podem ser feitas para acabar com isso, mas a melhor coisa é NÃO FICAR CALADO. Não podemos concordar com brincadeiras que envergonhem o outro. Conte a seus pais e professores, procure profissionais que possam ajudar a superar situações difíceis como essa. Peça ajuda e se abra para que as pessoas possam te ajudar!

Se alguém pratica bullying com algum colega, lembre que a medida é o respeito. Se você está desrespeitando ou desagradando o outro de alguma forma, pare antes que o que você considera uma simples brincadeira fuja de controle. Vamos lembrar que O BULLYING NÃO TEM GRAÇA! Melhor e mais divertido é ser amigo de todos, ter um comportamento compreensivo e amigável que beneficie a todos e respeite nossas diferenças.

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