Há muito tempo a humanidade está à procura de alguma coisa que rejuvenesça, prolongue o bom humor, proteja contra doenças, cure a depressão e alivie o estresse. Alguma coisa que fortaleça os laços afetivos e que, inclusive, ajude a adormecer tranquilos.

Mas isso já existe. Esse remédio, já havia sido descoberto e já estava à nossa disposição. O mais impressionante de tudo é que ainda por cima não custa nada. Aliás, custa sim, custa abrir mão de um pouco de orgulho, um pouco de pretensão de ser autossuficiente, um pouco de vontade de viver do jeito que queremos, sem depender dos outros.

É o abraço. O abraço é milagroso. É medicina realmente muito forte. O abraço, como sinal de afetividade e de carinho, pode nos ajudar a viver mais tempo, proteger-nos contra doenças, curar a depressão, fortificar os laços afetivos.  Ele nos faz ficar bem o dia todo. O toque físico não é apenas agradável. Ele é necessário. Pesquisas científicas revelam que a estimulação pelo toque é absolutamente necessária para o nosso bem-estar, tanto físico quanto emocional. O toque terapêutico, reconhecido como uma ferramenta essencial para a cura constitui agora parte do treinamento dos profissionais de saúde, em grandes centros médicos. O toque é usado para ajudar a aliviar a dor, a depressão e a ansiedade; para estimular a vontade de viver dos pacientes: para ajudar bebês prematuros — que ficaram privados do toque materno — a crescer e a desabrochar. Vários experimentos demonstram que o toque pode fazer-nos sentir melhor conosco mesmos e com o ambiente à nossa volta.

O abraço é um excelente tônico. Sabemos que a pessoa deprimida fica mais suscetível a doenças. O abraço diminui a depressão e revigora o sistema imunológico. Ele injeta nova vida nos corpos cansados e fatigados, e a pessoa abraçada sente-se mais jovem e vibrante. O uso regular do abraço prolonga a vida e estimula a vontade de viver. E o melhor é que esse remédio não tem contraindicação e não há maneira de dá-lo sem ganhá-lo de volta.

Recentemente ouvimos a teoria muito interessante de uma psicóloga americana, dizendo que se precisa de quatro abraços por dia para sobreviver, oito abraços para manter-se vivo e doze abraços por dia para prosperar. Como está a nossa conta? Quantos abraços temos dado? Inclusive em nós mesmos, expressando gratidão por quem somos?

O contato físico do abraço se faz necessário para que as trocas de energias se deem, e para que a afetividade entre duas pessoas seja constantemente revitalizada. O abraçar mais é um excelente começo para quebrarmos o gelo se nos percebemos um tanto afastados das pessoas, um tanto frios no trato com os outros.

Só quem já deu ou recebeu um sincero abraço sabe o quanto este gesto, aparentemente simples, consegue dizer. Muitos pedidos de perdão foram traduzidos em abraços… Muitos dizeres eu te amo foram convertidos em abraços. Muitos sentimentos de saudade foram calados por abraços. Muitas despedidas emocionadas selaram um amor sem fim no aconchego de um abraço. É melhor abraçar mais!

Dra. Cristiani Cosendey Souza Serafini

Graduada em Psicologia. Especialização Clínica Abordagem Sistêmica; Pós Graduada em Orientação Profissional e Coach de Carreira; Expertise no atendimento a adolescente, adulto e idoso. Mestranda em Atenção Psicossocial pelo IPUB – UFRJ. Psicóloga Clínica, no setor Público, no município de São Sebastião do Alto. Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho; Proprietária da empresa RHesiliê Consultoria, atuando em empresas com equipes de alto desempenho, realizando treinamentos, palestras e coaching. Expertise em Ferramentas de Gestão em Segurança no Trabalho; Expertise em Empreendedorismo Social pela FGV. Desenvolve trabalhos com Programação Neuro Linguística. Estudou Administração de Empresas na Faculdade de Ciências Econômicas do Sul de Minas. Dra.h.c. em Terapias Naturais.