Por Erilza Faria Ribeiro
Psicóloga – CRP 05/46629

imagem ilustrativa da internet

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Recentemente viralizou na internet um vídeo da blogueira JoutJout sobre a leitura do livro “A parte que falta”, de Shel Silverstein, com tradução de Alípio Correia de Franca Neto. Um livro infantil, mas com lições de vida para todos nós.

Nesta história, um ser de forma circular que não tem um pedaço se lança em busca de preencher esta parte para que ele possa rolar melhor. Ao longo do caminho, ele vivencia aventuras, passa por altos e baixos, conhece diversas coisas, encontra algumas partes que poderiam se encaixar nele, mas não dá certo. Algumas eram muito pequenas, outras muito grandes ou com formas que não se encaixavam e outras já estavam inteiras. Nesta busca incansável, ele percebe que a felicidade está dentro dele mesmo e não no outro, pois sempre há em nós alguma parte faltando, completamos esta e falta outra… O que fazemos ao longo do nosso caminho é uma busca por autoconhecimento e completude. A felicidade está na forma como enxergamos as coisas. A liberdade é o bem maior que possuímos, liberdade de escolha, de manifestar nossas opiniões e desejos, de ser quem somos e nosso amor próprio é o que pode nos fazer aproveitarmos todos os momentos (bons e ruins) da vida e nos sentirmos inteiros.

Em seguida, descobri que está história tem uma continuidade no livro do mesmo autor chamado “A parte que falta encontra o grande O”. Neste livro, um ser triangular fica parado esperando que apareça algum outro a quem ela possa completar. Depois de muitas experiências, ele encontra com o grande O e propõe que eles rolem juntos. Mas o grande O responde que não dá porque ele já está inteiro e que seu amigo deve rolar sozinho. Mas ele fica em dúvida: “Como vou rolar se não sou redondo, sou cheio de quinas?”. E a resposta é que todas as quinas podem ser moldadas, com um pouco de esforço ele pode se transformar e, num exercício de superação, mudar a sua forma e virar um círculo para sair rolando por aí. E foi o que ele fez, com algumas quedas, pancadas e dores, mudou seu formato, deixou de ser um triângulo e passou a ser um círculo que podia se movimentar para onde quisesse.

Você pode se perguntar: o que essas duas historinhas nos ajudam a ver?

Com essas simples histórias podemos perceber como é nossa vida, com momentos bons e ruins, fáceis e difíceis… Também pensamos nas experiências que vivemos ao longo da vida, como as coisas nos passam e as deixamos nos moldar… E refletimos sobre até onde precisamos do outro para nos sentirmos completos…

A lição que fica, sem dúvidas, é de que precisamos primeiro acreditar em nós mesmos e nos sentirmos completos do jeito que somos, com todas nossas partes, para então podermos encontrar outro ser inteiro, disposto a dividir sua trajetória e rolar pelo caminho conosco.

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DSC_0557.jpg Contato: (22) 998034520 (WhatsApp)

Facebook: ErilzaFaria-Psicóloga

* Especializada em Saúde Mental e Atenção Psicossocial; Mestranda em Ensino pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com bolsa de incentivo à pesquisa da CAPES.

Atua com Atendimento Clínico presencial e online de crianças, jovens e adultos, com Orientação Profissional individual e em grupo em escolas e cursos pré-vestibulares, realiza Palestras e Intervenções Psicológicas em diversas instituições.