Como profissional e como ser humano, sempre me preocupei com questões que geram exclusão das pessoas nas diversas áreas sociais e por motivos diversos. Diariamente vemos acontecer pessoas sendo afastadas dos espaços escolares, das oportunidades de emprego e de tantos outros ambientes por terem alguma diferença da maioria que se diz “normal”, seja por deficiência física ou mental, seja pela cor da pele ou por sua cultura ou até mesmo por agir e se comportar de um modo diferente da maioria. Nesse sentido busco sempre atuar para atenuar essas ocorrências, seja através de pesquisas ou de práticas diretas, para que cada pessoa seja reconhecida e valorizada por suas capacidades, sejam elas quais forem.

Talvez você nunca tenha parado para pensar nisso, mas se há discussões sobre o tema e pessoas que lutam pela inclusão é porque existe a exclusão em nosso meio. Se não houvesse ações excludentes não seria preciso defender os direitos que já existem para todas as pessoas, independente de suas características. Conforme consta em nossa Constituição Federal em seus Artigos 5º e 6º: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” e todos têm direito à educação, saúde, trabalho, transporte, entre outros.

Recentemente participei de um Congresso Internacional em Lisboa – Portugal, sobre a Educação, a Inclusão e a Inovação. Apesar de voltar-se mais para o âmbito educacional, é possível generalizar as considerações para todas as situações em que ocorre exclusão. A inclusão, como disse o Presidente de Portugal no Congresso, deve ser mais do que um processo, mas um valor comunitário e institucional, pois deve ser algo inerente e comum em nossas ações. Somos um mundo repleto de pessoas distintas umas das outras, por isso as diferenças que nos fazem únicos precisam ser valorizadas. Assim, falar da inclusão é falar mais sobre trabalhar as competências e habilidades que potencializam as ações de cada um.

Por exemplo, uma pessoa em cadeira de rodas talvez não possa subir escadas, mas pode chegar ao andar de cima por outros meios, é por isso que os espaços precisam ser acessíveis a todos. Da mesma forma é quando uma criança apresenta dificuldades de aprendizagem na escola, existem outras formas para ensinar e ajuda-la a adquirir determinado conhecimento a partir do momento em que se compreende sua forma de aprender. Esses e outros movimentos inclusivos geram esforços, mas são sempre gratificantes, pois seus resultados são muito positivos.

Como aparece na imagem do texto, os 03 meninos têm direito de assistir ao jogo, mas para cada um foi preciso adaptar uma forma de acesso. Da mesma forma, ideia da escola e da sociedade precisa ser a de igualar as oportunidades, já que todos temos os mesmos direitos, mas diferenciar as estratégias para que cada um alcance a seu modo seus objetivos.

ERILZA FARIA RIBEIRO

Psicóloga – CRP 05/46629; Especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial; Capacitação em Orientação Profissional e em Abordagem de usuários de drogas; Mestranda em Ensino pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com bolsa de incentivo à pesquisa da CAPES, desenvolvendo pesquisa em escolas sobre inclusão e sobre a medicalização da aprendizagem. Atua com Atendimento Clínico de crianças, jovens e adultos de Itaocara e região, com Orientação Profissional individual e em grupo em escolas e cursos pré-vestibulares, realiza Palestras e Intervenções Psicológicas em diversas instituições.

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